EM BUSCA DA BEATITUDE: A VERTENTE TELEOLÓGICA E A ORDEM DO AGIR HUMANO EM SANTO AGOSTINHO
DOI:
https://doi.org/10.54578/unesc.v7i1.374Resumo
Certamente, a busca da vida feliz, bem como o transcurso que é o responsável por alcança-la foi um dos maiores cernes propulsores das reflexões perpetradas pelo filósofo Santo Agostinho. Isso porque, a beatitude – conforme observou – sempre inquietou os ânimos da humanidade, uma vez que é da própria essência humana o desígnio de felicidade. Entretanto, sua concepção perpassa aos bens mutáveis existentes, remetendo-se ao Sumo Bem, Deus, uno e trino. Abandonando-se a ideia de que a filosofia permite e possibilita o conhecimento, Santo Agostinho repousa a felicidade na ancora suprema, instrumento Criador de todas as coisas e da própria beatitude. Para tanto, a ordem do amor deve servir de artifício para o escopo da articulação, de maneira a constituir a invisibilidade para se atingir verdadeiramente a felicidade suprema. Decerto, o ser humano almeja encontrar os caminhos divinos, todavia, em face de sua natureza decaída, tenta – erroneamente – encontrar a felicidade nos bens corpóreos, transitórios e terrestres. Além do decaimento natural, o sentimento do orgulho humano é fator propulsor para a promoção da “cegueira” individual, bem como impossibilita a observância da bem-aventurança. Com essas divagações, Santo Agostinho consegue estabelecer a verdadeira contemplação da divindade (eternidade), de maneira a alcançar a vida feliz da alma humana.
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