FATORES IMUNOLÓGICOS E GENÉTICOS NA COVID-19

Autores

  • Linda Christian Carrijo-Carvalho Centro Universitário do Espírito Santo
  • Lucas Cardoso Gobbi Centro Universitário do Espírito Santo - UNESC
  • Victoria Ferrari Paiva Centro Universitário do Espírito Santo - UNESC
  • Barbara Binow Demuner Centro Universitário do Espírito Santo - UNESC
  • Fábio Ramos de Souza Carvalho Centro Universitário do Espírito Santo - UNESC

Resumo

A infecção pelo vírus SARS-CoV-2 ocorre a partir da ligação da proteína S viral à enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2), que atua como receptor para o vírus nas células humanas. O novo coronavírus é o agente causador da COVID-19, com quadros clínicos diferenciados e, nos casos mais graves, pode ser fatal. A ampla variabilidade individual na manifestação da doença tem motivado discussões na comunidade médica e acadêmica acerca dos fatores que influenciam na susceptibilidade dos indivíduos à infecção e no agravamento da doença. O presente artigo consiste em uma pesquisa realizada em bases de dados de artigos indexados, buscando relacionar características genéticas individuais e resposta imune à fisiopatologia da COVID-19. Diferentes apresentações clínicas da COVID-19 foram observadas, desde indivíduos assintomáticos ou com quadros leves da doença, até quadros graves ou críticos. Também se observou o relato de indivíduos resistentes à infecção, mesmo quando expostos ao vírus. A variabilidade individual observada pode ser resultado de polimorfismos genéticos associados à expressão da ECA2 ou erros inatos da imunidade. A imunidade cruzada também pode ser um fator que influencia na susceptibilidade à infecção pelo SARS-CoV-2, conferindo certo grau de proteção. Indivíduos previamente expostos a outros coronavírus causadores de surtos (SARS-CoV-1 e MERS-CoV) ou de resfriados comuns podem apresentar anticorpos e linfócitos T com reatividade cruzada ao novo coronavírus. Por outro lado, considera-se a exacerbação da resposta imune como fator de agravo da doença, uma vez que a intensa produção de citocinas e a lesão tecidual decorrente da resposta inflamatória compõem os mecanismos na patofisiologia da COVID-19.

Biografia do Autor

Lucas Cardoso Gobbi, Centro Universitário do Espírito Santo - UNESC

Acadêmico do curso de Medicina do Centro Universitário do Espírito Santo (UNESC)

Victoria Ferrari Paiva, Centro Universitário do Espírito Santo - UNESC

Acadêmico do curso de Medicina do Centro Universitário do Espírito Santo (UNESC)

Barbara Binow Demuner, Centro Universitário do Espírito Santo - UNESC

Acadêmico do curso de Medicina do Centro Universitário do Espírito Santo (UNESC)

Fábio Ramos de Souza Carvalho, Centro Universitário do Espírito Santo - UNESC

Graduado em Ciências Biológicas, Universidade Federal do Espírito Santo. Doutorado em Ciências, especialidade Microbiologia, Universidade de São Paulo. Pós-doutorado, Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Medicina. Coordenador de centro de pesquisa científica, modalidade Jovem Pesquisador em Centros Emergentes, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Docente, modalidade Professor Afiliado, Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Medicina. Docente, modalidade Professor Doutor, Centro Universitário do Espírito Santo (UNESC).

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Publicado

2021-03-04

Como Citar

Carrijo-Carvalho, L. C., Gobbi, L. C., Paiva, V. F., Demuner, B. B., & Carvalho, F. R. de S. (2021). FATORES IMUNOLÓGICOS E GENÉTICOS NA COVID-19. UNESC Em Revista, 4(2), 185–200. Recuperado de http://revista.unesc.br/ojs/index.php/revistaunesc/article/view/251

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